O HPV é uma infecção sexualmente transmissível que já possui imunizante para determinados tipos do vírus, mas muitas pessoas ainda ficam em dúvida se a vacina do HPV funciona e é segura!
Apesar do uso da camisinha durante a relação sexual e o exame de Papanicolau serem vias importantes de prevenção da doença, o esquema de vacinação se tornou uma das principais alternativas.
Nesse artigo, você entenderá melhor quais são e como funcionam as vacinas do HPV, quem pode tomar, onde encontrá-la e quais são as contraindicações!
Quais são os tipos de HPV?
O papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, é uma doença altamente infecciosa transmitida durante o sexo oral, anal ou vaginal.
Ao todo, existem mais de 150 tipos de HPV classificados. Algumas dessas variantes são capazes de infectar o trato genital de homens e mulheres e causar lesões na região da vulva, vagina, ânus e no colo do útero.
Além disso, existem 12 subtipos considerados de alto risco, pois podem desencadear o câncer.
Os tipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos cânceres de colo de útero e 90 % dos cânceres de cólon e reto diagnosticados no mundo.
Quais tipos de vacina existem?
Atualmente, contamos com 3 tipos de vacinas para o HPV:
- Vacina bivalente: protege apenas contra os vírus 16 e 18, os maiores causadores de câncer do colo de útero, sendo indicada a partir dos 9 anos e sem limite de idade. Contudo, ela não evita as verrugas genitais.
- Imunizante quadrivalente: previne contra 4 tipos de vírus do HPV, os vírus 6, 11, 16 e 18, que podem causar verrugas genitais, o câncer de colo do útero na mulher e o câncer de pênis e ânus nos homens.
- Vacina nonavalente: protege contra 9 subtipos do vírus do HPV, são eles: 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. Essas variantes podem causar câncer do colo do útero, vagina, vulva e ânus, assim como verrugas.
A vacina do HPV funciona realmente?
Os benefícios da vacinação contra o HPV são comprovadamente positivos.
O HPV, além de ser o principal causador de câncer no colo do útero, também está associado aos cânceres de vagina, vulva, pênis, ânus, boca e orofaringe.
O imunizante do HPV somente não é recomendado em caso de infecção ativa pelo papilomavírus ou como tratamento para os cânceres citados.
Porém, aqueles que já tiveram uma infecção pelo HPV, podem tomar a vacina, desde que tenham indicação médica, para que haja uma proteção futura contra os demais subtipos do vírus.
Assim, esses pacientes ficarão mais prevenidos da formação de novas verrugas genitais e do risco de um diagnóstico de câncer.
Vacina do HPV na rede pública e na rede privada
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina do HPV é distribuída de forma gratuita para os seguintes grupos:
- Meninos e meninas de 9 a 14 anos;
- Homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.
Já na rede privada, todas as pessoas acima dos 9 anos pode ter acesso à vacinação contra o HPV:
- Vacina quadrivalente e vacina nonavalente: crianças e adultos entre 9 e 45 anos de idade;
- Vacina bivalente: Pessoas em qualquer idade acima dos 9 anos.
É importante ressaltar que, segundo a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), cerca de 99,6% das mulheres sexualmente ativas se beneficiam a partir da vacinação contra HPV.
Existem contraindicações à vacinação ou efeitos colaterais?
Apesar de ser um imunizante aprovado e seguro, existem algumas situações em que a vacina do HPV é contraindicada, por exemplo:
- Mulheres grávidas (mas a vacina pode ser tomada logo após o nascimento do bebê, sob orientação do obstetra);
- Alergia aos componentes da vacina;
- Febre ou doença aguda;
- Redução do número de plaquetas e problemas de coagulação sanguínea.
Além disso, após a imunização com a vacina do HPV, é possível sentir os seguintes efeitos colaterais:
- Dor, vermelhidão ou inchaço no local da aplicação;
- Dor de cabeça;
- Tonturas;
- Náuseas e vômitos;
- Febre acima de 38ºC.
No entanto, esses sintomas são toleráveis e ressaltamos que agências regulatórias em todo mundo atestam a segurança desse imunizante.
Além disso, não há qualquer registro de evento adverso grave relacionado à vacinação em nenhuma faixa etária.
Assim, ressaltamos que a vacina do HPV é segura e eficaz.
Então, recomendamos que converse com a sua ginecologista e não deixe a vacinação contra o HPV de lado!
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Formação da Dra. Graziele Cervantes
- Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
- Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
- Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
- Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
- Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
- Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
- Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
