Endometriose

Endometriose

Quer entender mais sobre a Endometriose? Dra. Graziele Cervantes é Ginecologista em São Paulo e especialista em Endometriose e explica esta doença que afeta a vida da mulher!

Entendendo a endometriose


A endometriose é uma doença de caráter inflamatório que compromete os órgãos genitais femininos e é definida como a presença ou migração do tecido uterino para fora de suas delimitações normais.


Geralmente, esta doença compromete os órgãos genitais femininos como por exemplo, o útero, trompas, ovários, ligamentos uterinos, peritônio, bexiga, intestino e outras localizações.


A endometriose pode comprometer de 10% a 30% das mulheres em idade reprodutiva, principalmente mulheres em idade fértil, de 20 a 40 anos de idade.

Estágios da Endometriose

Utilizamos alguns critérios para classificar a presença e o desenvolvimento da doença de acordo com o tamanho e localização da endometriose, assim como a presença de endometriose profunda, ou que compromete mais de 5mm da camada superficial dos órgãos. Assim, de acordo com a Sociedade Internacional de Infertilidade, divide-se:

  • Estágio I (Mínima): Pontuação de 1 a 5. Normalmente, caracterizado pela presença de focos isolados de endometriose e ausência de aderências;
  • Estágio II (Leve): Pontuação de 6 a 15. Normalmente, caracterizado presença de focos superficiais e menores do que 5 cm e ausência de aderências;
  • Estágio III (Moderada): Pontuação de 16 a 40. Normalmente, caracterizado pela presença de múltiplos focos de endometriose, além de aderências próximas aos ovários e tubas uterinas;
  • Estágio IV (Grave ou Severa): Pontuação acima de 40. Normalmente, caracterizado pela presença de múltiplos focos superficiais e profundos de endometriose, além de aderências densas e firmes.
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Quais os principais sintomas?


Diversos podem ser os sintomas da endometriose, por exemplo:

  • Dismenorréia: é a cólica no período menstrual;
  • Dispareunia: é a dor que acontece durante a relação sexual na ocasião da penetração profunda. Essa dor está relacionada com a presença da doença infiltrativa e acomete a região retrocervical – atrás do colo uterino, ou o fórnice vaginal posterior (segmento da vagina próximo ao colo do útero);
  • Dor pélvica não-cíclica: a dor que não se relaciona com o ciclo menstrual. Portadoras da endometriose crônica podem ter dor que se agrave durante o período menstrual;
  • Sintomas intestinais cíclicos: dores ao evacuar (tenesmo) e pode ocorrer sangramento intestinal no período menstrual, o que sugere uma endometriose profunda acometendo o intestino;
  • Sintomas urinários cíclicos: dores ao urinar, aumento da frequência urinária e sangramento urinário no período menstrual. Neste caso, infere-se a possibilidade de endometriose profunda acometendo a bexiga.


Diagnóstico da Endometriose

Durante o exame ginecológico, é possível identificar a presença da endometriose, principalmente em casos profundos, quando a fibrose já pode ser observada ou sentida durante o exame.


Além disso, poderemos solicitar a realização de alguns exames de imagem:


Ultrassonografia com mapeamento da endometriose

Identifica lesões causadas pela doença, acometendo o íleo terminal, apêndice, ceco e sigmóide alto.

Em caso de lesões volumosas, é essencial verificar a presença da dilatação ureteral. Além disso, caso haja acometimento intestinal, a ultrassonografia permite uma avaliação da parede do intestino infiltrada pela doença.

Desse modo, tem-se elementos importantes para elaborar o planejamento cirúrgico.


Ressonância nuclear magnética

Esse método é eficiente na avaliação de adenomiose, endometriomas volumosos e lesões multifocais intestinais. 


Ultrassonografia de vias urinárias

Este exame é bastante relevante para a verificação de lesões volumosas na região retrocervical (atrás do útero) por conta do risco de infiltração e obstrução do ureter.


Tratamento da Endometriose

O tratamento da Endometriose cursa com diversas fases para o manejo da Doença e da Dor.


Assim, é importante a paciente entender que essa se trata de uma doença inflamatória, portanto, a mudança do estilo de vida com dietas anti-inflamatórias e atividades física são fundamentais para o controle da doença.


Além disso, faz-se uso do controle da dor cíclica com o uso de contraceptivos que devem ser escolhidos e levados em conta de acordo com o desejo da paciente e a necessidade do caso.


Indicamos o uso de analgésicos e antinflamatórios em casos de controle da dor aguda ou em crise, mas estes medicamentos não devem fazer parte do uso rotineiro do controle da dor e, quando necessário, introduziremos medicações especiais.

A cirurgia é considerada padrão ouro para o tratamento da doença quando os sintomas não respondem ao tratamento clínico ou quando a doença é de caráter profundo, comprometendo órgãos e a qualidade de vida da paciente.


Então, não deixe de procurar uma ginecologista para fazer o devido diagnóstico e indicar o melhor tratamento para seu caso!

Dra. Graziele Cervantes

  • Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
  • Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
  • Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
  • Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
  • Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
  • Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
  • Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
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