DIU - Dispositivo Intrauterino
Será que o DIU é uma boa opção para mim? Dra. Graziele Cervantes é Ginecologista em São Paulo e fala mais sobre este método contraceptivo!
Um pouco mais sobre o contraceptivo DIU
Os DIU s são dispositivos em formato de “T” que medem aproximadamente 4cm e que inserimos dentro do útero com o objetivo de contracepção.
Assim, a maneira de atuar dependerá do tipo de DIU que a paciente escolher, podendo ser hormonal ou não hormonal.
No Brasil, este não é o método contraceptivo líder de preferências das mulheres devido à desconfiança em relação à sua eficácia e à “sensação” de ter um objeto estranho dentro do útero.
Posso engravidar usando o DIU?
Sim! Infelizmente, o único método contraceptivo com 100% de eficácia é a abstinência sexual. No entanto, a eficácia do DIU pode superar muitos outros métodos.
Por exemplo, seu índice de falha varia de 0,2 a 0,8%, contra 8% de algumas pílulas sendo que um dos motivos para esse sucesso é a regularidade.
Isso é bastante importante, pois as brasileiras são campeãs em esquecer de tomar o comprimido.
Segundo estudos, até 58% delas se esquecem de tomar as pílulas ou aplicar as injeções com a regularidade adequada, o que gera gestações e altos índices de falha.
Quem pode usar este método?
Além disso, mulheres que nunca tiveram filhos também podem se tornar usuárias de DIU, desde que o tamanho do dispositivo seja compatível com o útero. Atualmente, o mercado farmacêutico já disponibiliza os “mini DIUs”.
Como o DIU funciona e como escolher corretamente
De maneira geral, há no mercado 2 tipos de DIUs: o hormonal e o não hormonal.
O DIU hormonal contém um tipo de progesterona, chamada levonorgestrel.
Além de ser um método de contracepção, atualmente utilizamos para auxiliar o tratamento de diversas doenças, como por exemplo, a adenomiose, endometriose e o sangramento uterino anormal.
Eles podem apresentar alguns efeitos colaterais, por exemplo, oleosidade e acne, dores nas mamas e náuseas. Quando estes incômodos ocorrem, duram de 3 a 6 meses, ou seja, no período de adaptação.
Já os DIUs não hormonais possuem outras substâncias que agem de forma inflamatória dentro da cavidade uterina, o que limita a mobilidade do espermatozóide e da implantação do blastocisto.
Assim, existem aqueles de cobre, com duração de 10 anos, e os que associam cobre com prata, com duração de 5 anos. Como principal efeito colateral possível de ambos, temos o aumento do fluxo menstrual.
Para ter certeza na escolha do seu dispositivo, você precisará da ajuda de um profissional que aponte os benefícios e pontos negativos de cada tipo de DIU, de acordo com o seu fluxo menstrual, suas indicações, contra indicações e seus desejos.
Então, não hesite, este método é seguro e duradouro e ainda pode se tornar o seu preferido!
Dra. Graziele Cervantes
- Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
- Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
- Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
- Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
- Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
- Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
- Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.