POP

Prolapso dos órgãos pélvicos: entenda

Será que estou com Prolapso dos Órgãos Pélvicos (POP)? A Dra. Graziele Cervantes é Ginecologista em São Paulo e explica mais sobre esta condição!

Entendendo o prolapso dos órgãos pélvicos


O prolapso dos órgãos pélvicos (POP) é uma condição que pode atingir as mulheres em qualquer idade! Ainda que algumas não sintam sintomas graves ou tenham sua qualidade de vida afetadas, outras sofrem com a condição, devendo até mesmo ser submetidas a procedimentos cirúrgicos.


Estima-se que as desordens do assoalho pélvico, como O POP, afetem 25% das mulheres norte-americanas.


Quer entender melhor o que é prolapso dos órgãos pélvicos? Continue lendo e saiba mais!


O que é o prolapso dos órgãos pélvicos?

O prolapso dos órgãos pélvicos (POP) é uma condição caracterizada pelo deslocamento inferior da bexiga, uretra, intestino delgado, reto ou útero para fora da vagina.


Isso acontece devido ao enfraquecimento, flacidez ou relaxamento dos músculos, ligamentos, tecido conjuntivo e demais estruturas pélvicas.


Essa condição pode acometer mulheres de todas as idades, sendo mais comum naqueles que já passaram pela menopausa.

Quais são os tipos que costumam ocorrer? 

O prolapso pode ocorrer na parede da frente da vagina (compartimento anterior), parede de trás (compartimento posterior), ou no útero e topo da vagina (compartimento apical). 


Inclusive, muitas mulheres apresentam prolapso em mais de um compartimento simultaneamente.


O prolapso dos órgãos pélvicos pode ocorrer em diversos órgãos, a saber:

  • Reto;
  • Intestino delgado;
  • Bexiga;
  • Uretra;
  • Útero.
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Quais são os sintomas do prolapso dos órgãos pélvicos?


Ainda que os sintomas variem conforme o órgão atingido pelo prolapso, em todos os casos, as mulheres sentem:

  • Sensação de peso, plenitude ou pressão na região da vagina;
  • Sensação de que está sentada em uma bola;
  • Sensação de que os órgãos estão se projetando para fora da vagina.



Por que o prolapso dos órgãos pélvicos ocorre?

Os principais fatores de risco do prolapso dos órgãos pélvicos são:

  • Envelhecimento;
  • Aumento da pressão intra-abdominal devido doenças que levam a esse mecanismo, por exemplo, doença pulmonar obstrutiva crônica ou constipação;
  • Doenças genéticas que causem alteração do colágeno ou elastina, como a Síndrome de Ehlers-Danlos, Hipermobilidade articular e Síndrome de Marfan),
  • Múltiplas gestações ou partos;
  • Obesidade, que pode aumentar o risco desta condição em 40 a 50%;
  • Tabagismo.


Inclusive, ainda que essa condição possa atingir mulheres de todas as idades, os sintomas são mais sentidos entre os 70 e 79 anos e costuma afetar 50% das mulheres dessa idade.


Como será o diagnóstico?

Atualmente, alguns questionários têm sido propostos para avaliar os sintomas referentes a este problema. 


No geral, além das queixas da paciente, o diagnóstico é confirmado pelo exame físico com a mulher em posição ginecológica.


Além disso, podemos solicitar exames de imagem, como a ultrassonografia, ecografia ou ressonância magnética.

Como é o tratamento para prolapso dos órgãos pélvicos?

O tratamento do prolapso de órgãos pélvicos é realizado com base no tipo diagnosticado da condição e nos sintomas sentidos pela paciente. 



Inclusive, mulheres assintomáticas ou sem complicações podem conviver com a condição normalmente.

Contudo, se esse não for seu caso, poderá ser submetida a esses tratamentos:


Pessários vaginais 

Dispositivos de borracha ou silicone inseridos na vagina, que ajudam a manter o suporte da estrutura defeituosa presente no assoalho pélvico. 

Os pessários vaginais não são indicados para o tratamento do defeito distal.


Fisioterapia 

O treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) é uma das formas de tratamento para o prolapso de órgãos pélvicos, que consiste na realização de exercícios para o fortalecimento dos músculos da região.


Tratamento cirúrgico 

Em alguns casos, é necessária a intervenção cirúrgica para a correção dos prolapsos dos órgãos pélvicos, sobretudo quando a paciente apresenta múltiplos defeitos.


Podemos lançar mão de várias técnicas para uma única paciente, de modo a corrigir mais de um problema simultaneamente existente. 


Além disso, o uso de uma tela sintética para correção do prolapso de cúpula vaginal com inserção por via abdominal ou laparoscópica costuma apresentar bons resultados.


Podemos prevenir esta condição?

É possível prevenir o POP!


No geral, a prática dos exercícios do assoalho pélvico — também conhecidos como  exercícios de Kegel — ajuda a fortalecer os músculos da região, podendo prevenir o surgimento dessa condição. 


Como vimos, esses exercícios também podem ser recomendados durante o tratamento.


O mais importante será consultar a ginecologista ao sentir incômodo na região íntima. 


Somente assim poderemos identificar o seu problema e definir o melhor tratamento para seu quadro clínico.

Dra. Graziele Cervantes

  • Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
  • Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
  • Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
  • Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
  • Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
  • Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
  • Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
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