Antes de mais nada, o papilomavírus, conhecido como HPV, é uma infecção sexualmente transmissível que possui potencial de provocar feridas em diversas áreas do corpo, além da possibilidade de evolução para câncer do colo do útero.
Em muitos casos, a infecção e a eliminação do HPV ocorrem de maneira totalmente assintomática, pois o sistema imunológico consegue se livrar do vírus sem maiores complicações.
Porém, em uma parcela dos casos, o organismo não consegue lidar com o vírus, que fica latente no organismo e pode causar alguns sintomas, como as verrugas.
O HPV genital é transmitido, principalmente, durante o sexo vaginal, oral ou anal desprotegido.
E é bom ressaltar que o uso de preservativo, seja feminino ou masculino, diminui muito as chances de transmissão, mas não impede totalmente a infecção, já que o papilomavírus pode estar presente em diferentes áreas do corpo.
A apresentação clínica do papilomavírus irá depender das condições do sistema imunológico da pessoa infectada e com qual subtipo do vírus estamos lidando.
Inicialmente, precisamos entender que existem dois grupos do HPV.
Diferenciamos os subtipos do vírus entre baixo risco e alto risco para causarem câncer.
Principalmente os tipos 16 e 18 do HPV são considerados de alto risco. O instituto Nacional do Câncer estima que, no Brasil, 16.710 novos casos de câncer do útero ocorram anualmente. Desse número, 70% dos diagnósticos estão relacionados ao HPV.
Atualmente, não temos um tratamento que elimine o vírus do corpo.
No entanto, temos evidências que, em geral, uma infecção por HPV dura de um a dois anos e, após esse período, o sistema imunológico da paciente consegue eliminá-lo do organismo.
De forma geral, as medidas de tratamento são focadas nas feridas e vão desde o uso de cremes tópicos aplicados sobre as lesões que estão visíveis até cirurgia para retirada imediata da ferida.
Também é possível recorrer a cauterização química, eletrocauterização, crioterapia e laser.
O acompanhamento médico durante todo o tratamento é essencial para entender qual será o comportamento das feridas, já que existe a chance de elas voltarem ou aumentarem.
Através do uso da vacina, é possível desenvolver imunidade a alguns tipos do HPV.
No entanto, como existem cerca de 150 tipos de papilomavírus classificados, ainda não há como ficar imune a todas as formas do vírus.
Além do uso do preservativo, existem outras formas de prevenção, como a vacina e exames periódicos.
A vacina do HPV é uma forma muito eficaz de evitar certos tipos da doença. De acordo com o Ministério da Saúde ela é distribuída de forma gratuita para os seguintes grupos:
Assim como muitas outras doenças ginecológicas, fazer o diagnóstico precoce é muito importante.
Por isso, lembramos que é essencial que você procure o seu médico anualmente e realize os exames solicitados!
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