Síndrome do Ovário Policístico

Entendendo a Síndrome do Ovário Policístico

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma condição hormonal comum que afeta as mulheres em idade reprodutiva.

Ela é caracterizada pela presença de múltiplos cistos nos ovários e ocorre, principalmente, em pacientes com idade entre 30 e 40 anos.

A síndrome pode levar a sinais e sintomas como excesso de pelos no corpo, acne e irregularidade menstrual e falaremos mais sobre o assunto a seguir. 

O que é a Síndrome do Ovário Policístico?

A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais.

Assim, ocorre a formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho.

Os cistos são pequenas bolsas que contêm material líquido ou semi sólido e são formados pelas alterações hormonais desencadeadas pela SIO. 

Além disso, a síndrome caracteriza-se pela irregularidade menstrual, acne, obesidade e infertilidade.

De acordo com o Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, a Síndrome do Ovário Policístico pode acometer uma média de 7% das mulheres na idade reprodutiva.

Quais são os sintomas da Síndrome do Ovário Policístico?

Os sintomas da Síndrome do Ovário Policístico (SOP) variam de mulher para mulher e podem incluir:

• Alterações menstruais: em geral, as menstruações são espaçadas, a mulher menstrua apenas poucas vezes por ano, mas ela também pode ser intensa ou não ocorrer por algum período;
• Hirsutismo: aumento dos pelos no rosto, seios e abdômen;
• Obesidade: a síndrome gera uma tendência à obesidade, por sua vez, o ganho de peso piora o quadro e o contrário, também.
• Acne: provocado pela maior produção de material oleoso pelas glândulas sebáceas;
• Infertilidade;
• Pode haver queda de cabelo;
• Podem ocorrer quadros de depressão.
  

Esta condição pode afetar o ciclo menstrual ou a fertilidade da mulher?

O ciclo menstrual da paciente com a SOP é irregular e, por vezes, pode se tornar longo ou ausente. 

Além disso, esta síndrome é capaz de afetar a fertilidade da mulher, já que a produção de hormônios reprodutivos, como a progesterona e o estrogênio é impactada.

Ademais, as alterações hormonais podem gerar ciclos anovulatórios, ou seja, quando não há a liberação do óvulo pelo ovário, o que torna difícil a gestação.

Entretanto, isso não quer dizer que todas as mulheres com SOP têm problemas de fertilidade.

Para aquelas que possuem este sintoma, é possível engravidar ao receber o tratamento adequado.

Como é feito o diagnóstico da SOP?

O diagnóstico da Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é feito pela ginecologista com base nos sintomas da paciente e exame físico.

Além disso, apesar de não existir um teste específico para detectar a condição, geralmente solicitamos exames laboratoriais e de imagem para complementar a investigação.

Assim, os exames de sangue ajudam no rastreamento das alterações metabólicas e o ultrassom colabora com a identificação dos cistos ovarianos.

Qual é o tratamento para a SOP?

Ainda hoje, não existe um tratamento que cure a doença. Porém, buscamos atuar no controle hormonal e dos sintomas relatados pela paciente.

Nesse sentido, o uso dos contraceptivos ajuda no controle dos hormônios, no entanto, é importante entender que eles não tratam a doença e sim os sintomas.

Em casos raros, a cirurgia pode ser necessária para retirar cistos ovarianos muito grandes que estão causando dor ou outros problemas.

Além disso, a SOP pode ser equilibrada com mudanças no estilo de vida, como a prática de atividade física e dieta alimentar saudável, para melhorar a saúde geral da paciente.

Por isso, é importante consultar sua ginecologista para receber um tratamento personalizado que atenda às suas necessidades.

Então, se você identificar qualquer um dos sintomas relacionados à síndrome do ovário policístico, agende uma consulta o quanto antes!