O período fértil é a janela de tempo durante a qual a probabilidade de uma mulher engravidar é maior.
Durante essa fase, os hormônios femininos atingem níveis elevados, impulsionando o aumento da libido.
Além disso, o corpo da mulher, incluindo o útero, se prepara para a possibilidade de fertilização, criando as condições ideais para o encontro entre o espermatozóide e o óvulo.
Dessa forma, a compreensão do período fértil é fundamental para casais que estão planejando engravidar ou para mulheres que desejam monitorar sua fertilidade como parte do controle de natalidade.
O que é o período fértil?
O período fértil refere-se aos 3 dias antes e 3 dias após a ovulação, apresentando as maiores oportunidades para a concepção.
O ciclo menstrual começa no primeiro dia da menstruação e termina no dia anterior ao início da próxima menstruação.
Assim, o dia fértil (ou seja, aquele na qual a ovulação ocorre), geralmente, ocorre no meio do ciclo menstrual.
Como calcular o período fértil?
O ciclo menstrual é conhecido por variar de 24 a 38 dias, e para efeitos ilustrativos, consideramos um ciclo de 28 dias ao abordar o cálculo do período fértil.
De maneira geral, a ovulação ocorre aproximadamente na metade do ciclo menstrual.
Portanto, em um ciclo de 28 dias, a ovulação ocorrerá no 14º dia. Ou seja, você deve contar 14 dias a partir do primeiro dia da menstruação, e esse será seu dia fértil.
Para determinar o período fértil, consideramos um intervalo de 3 dias antes e 3 dias depois desse ponto, totalizando cerca de uma semana.
Porém, no caso de mulheres com ciclos irregulares, o cálculo se torna mais complexo e menos preciso.
Nesse contexto, é necessário considerar o ciclo mais curto e subtrair 18 dias, bem como o ciclo mais longo para subtrair 11 dias.
O período fértil será, então, o intervalo entre esses dois resultados, que pode abranger uma ampla janela temporal.
Então, devido à complexidade desses cálculos, uma abordagem mais segura para determinar o período fértil, especialmente para quem busca engravidar, é realizar o teste de ovulação, disponível em farmácias.
Quais são os benefícios de conhecer e acompanhar esse período?
Conhecer e acompanhar o período fértil oferece diversos benefícios, tanto para casais que desejam engravidar quanto para mulheres que buscam um controle mais consciente da sua fertilidade.
Alguns dos principais benefícios incluem:
- Otimização das chances de gravidez;
- Controle de natalidade consciente;
- Planejamento familiar;
- Intervenção médica oportuna;
- Redução do estresse;
- Monitoramento da saúde reprodutiva;
- Melhoria da comunicação no relacionamento.
Assim, reforçamos que o acompanhamento do período fértil não apenas auxilia na concepção e no controle de natalidade, mas também promove uma compreensão mais profunda da sua saúde reprodutiva.

Existem sinais de que a mulher esteja no período fértil?
O sintoma mais evidente de ovulação é a observação do muco cervical, uma secreção produzida pelo colo do útero.
Essa substância, sem odor, pode variar em coloração, apresentando-se transparente, branca ou levemente amarelada.
Nos dias que antecedem a ovulação, esse muco torna-se mais visível na calcinha.
Já durante o período fértil, ele adquire características distintas, como maior elasticidade e transparência, assemelhando-se à clara do ovo.
Além disso, o aumento da libido é comum nesse período, sendo uma resposta natural às mudanças hormonais.
Algumas mulheres também podem experimentar uma leve dor pélvica ou na região do baixo ventre, um sintoma associado à liberação do óvulo.
Outro indicador importante é o aumento da temperatura basal corporal, que pode se elevar em até 0,5ºC durante a ovulação.
Quais são os fatores que podem influenciar a regularidade do ciclo menstrual e, consequentemente, o período fértil?
Diversos fatores podem influenciar a regularidade do ciclo menstrual e, por conseguinte, afetar o período fértil de uma mulher.
Abaixo, enumeramos alguns desses fatores:
- Disfunções hormonais, como hipotireoidismo, hipertireoidismo e a síndrome dos ovários policísticos;
- Fatores emocionais, como ansiedade e estresse contínuo, assim como um estilo de vida pouco saudável que envolve tabagismo, alcoolismo e desnutrição;
- Distúrbios alimentares, incluindo anorexia e bulimia;
- Sobrepeso ou obesidade;
- Picos de adrenalina por causa de estresse agudo ou eventos emocionantes;
- O uso contínuo de certos medicamentos, como anticoncepcionais orais, corticosteroides, antidepressivos, antipsicóticos e quimioterápicos;
- Atividade física excessiva;
- Comorbidades, como diabetes descompensada.
Se você quiser entender um pouco mais sobre a relação do estresse e o atraso menstrual, acesse esse artigo em nosso blog!
É possível engravidar fora desse período?
Não, o período fértil é o tempo durante o qual uma mulher pode conceber, e, normalmente, dura cerca de 5-6 dias em cada ciclo menstrual.
No entanto, identificar precisamente esse período pode ser desafiador, pois varia de mulher para mulher e, inclusive, de um ciclo para outro.
Além disso, é importante destacar que o esperma pode permanecer viável no trato reprodutivo feminino por alguns dias, e a ovulação nem sempre ocorre exatamente no meio do ciclo.
Portanto, há uma janela de oportunidade fora do período fértil em que a concepção pode ocorrer.
Assim sendo, reforçamos que é fundamental a consulta regular a ginecologista.

A especialista pode fornecer orientações específicas sobre a saúde reprodutiva da mulher, esclarecer dúvidas sobre o ciclo menstrual e oferecer suporte personalizado com relação ao planejamento familiar.
Ela também pode ajudar a identificar padrões no ciclo menstrual, realizar exames para avaliar a saúde hormonal e oferecer recomendações com base nas necessidades de cada paciente.
Então, em caso de dúvidas, agende uma consulta com a especialista em saúde da mulher o quanto antes!
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Formação da Dra. Graziele Cervantes
- Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
- Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
- Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
- Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
- Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
- Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
- Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.