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Cortisol alto: quais os impactos na saúde da mulher?

dez. 14, 2023
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O cortisol, um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, é responsável por diversas funções fisiológicas, como a regulação da pressão arterial, o controle do estresse e o fortalecimento do sistema imunológico.

Porém, quando os níveis de cortisol permanecem persistentemente elevados, podem desencadear diversos efeitos negativos na saúde da mulher.


Dessa maneira, com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar, a gestão dos níveis de cortisol é essencial.


Entenda melhor neste artigo!


O que é o cortisol e qual a sua função?


O cortisol é um hormônio relacionado a diversos processos fisiológicos do corpo humano.


Este hormônio é secretado pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins, em resposta a estímulos originados no hipotálamo e na glândula pituitária.


Além disso, o cortisol está intimamente ligado ao ritmo circadiano do organismo.


Ao amanhecer, a presença da luz e os estímulos internos desencadeiam a produção de cortisol, o que tem o efeito de liberar energia e despertar o corpo.


Podemos citar algumas de suas principais funções:


Resposta ao estresse: em situações de estresse, seja físico ou emocional, as glândulas suprarrenais liberam cortisol para ajudar o corpo a lidar com o estresse. Isso inclui situações de perigo, ansiedade e estresse crônico.


Regulação do metabolismo: o cortisol desempenha um papel importante na regulação do metabolismo, ajudando a manter os níveis de glicose no sangue. 


Anti-inflamatório: o cortisol possui propriedades anti-inflamatórias e imunossupressoras. Ele ajuda a controlar a resposta inflamatória do corpo e é usado em tratamentos médicos para reduzir inflamações em condições como alergias, artrite e asma.


Contudo, é importante notar que níveis cronicamente elevados de cortisol devido ao estresse prolongado podem ter efeitos negativos na saúde.


Portanto, é importante manter um equilíbrio saudável no nível de cortisol no corpo.


Quais são as principais causas de cortisol alto em mulheres?


O aumento dos níveis de cortisol, conhecido também como hipercortisolismo, pode ter várias causas em mulheres.


Algumas das principais causas incluem:


  • Estresse crônico;
  • Síndrome de Cushing;
  • Uso de corticosteróides;
  • Distúrbios hormonais;
  • Obesidade;
  • Doenças crônicas;
  • Sono inadequado;
  • Dieta desequilibrada;
  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool.


É importante destacar que a genética também possui influência sobre a regulação dos níveis de cortisol, e as causas específicas podem variar de uma mulher para outra.


Como esse desequilíbrio pode afetar diferentes aspectos da saúde das mulheres?


Como mencionamos, quando os níveis de cortisol permanecem elevados por um longo período, isso pode ter vários efeitos negativos na saúde das mulheres.


Alguns dos impactos do cortisol elevado incluem:


Alterações na glicemia


O cortisol desencadeia dois processos no fígado que afetam a glicemia.


A primeira é a "glicogenólise", que envolve a liberação das reservas de glicose armazenadas no fígado para situações de emergência, como jejum prolongado.


A segunda é a "gliconeogénese", que é o mecanismo pelo qual o fígado produz nova glicose caso as reservas existentes não sejam suficientes.



Portanto, em situações de estresse, o cortisol provoca a hiperglicemia, resultando em um excesso de açúcar no sangue, estimulando o fígado a usar suas reservas e a produzir mais glicose.


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Alterações no sistema nervoso


O sistema nervoso simpático, que responde a estímulos estressantes, também desempenha um papel na resposta ao cortisol.


Ele sinaliza às glândulas supra-renais para liberarem dois outros hormônios: a adrenalina e a noradrenalina.


Esses hormônios afetam os níveis de açúcar no sangue de três maneiras.


Primeiro, estimulam a produção de glucagon, uma substância pancreática que aumenta a glicose sanguínea.


Em seguida, reduzem a liberação de insulina pelo pâncreas, resultando na acumulação de glicose no sangue e potencial hiperglicemia.


Por fim, dificultam a entrada de glicose nas células, prejudicando sua capacidade de utilizar o açúcar circulante como fonte de energia.


Acúmulo de gordura


O cortisol em excesso pode contribuir para o acúmulo de gordura abdominal.


Isso ocorre porque o hormônio influencia o organismo a armazenar energia proveniente do glicogênio (um tipo de açúcar) para enfrentar uma suposta situação de perigo.


Porém, quando o risco não é real, essa energia não é utilizada e, em vez disso, é armazenada na forma de gordura na região abdominal.


Quais são os impactos do cortisol elevado na fertilidade e na capacidade de concepção das mulheres?


A elevação crônica dos níveis de cortisol desencadeia uma série de consequências negativas para a saúde reprodutiva das mulheres.


Isso porque, este desbalanço afeta a produção de outros hormônios essenciais para a fertilidade, como o estrogênio e a progesterona.


Assim, a paciente pode experimentar irregularidades em seu ciclo menstrual, tornando-o imprevisível e dificultando a determinação do período fértil.


Além disso, a alta concentração de cortisol também pode inibir a ovulação e diminuir a qualidade dos óvulos, tornando a concepção mais desafiadora.


Por fim, altos níveis de cortisol também podem impactar negativamente a saúde do útero, tornando o ambiente menos propício para a implantação do embrião.


Quais medidas podem ser tomadas para reduzir os níveis de cortisol em mulheres e minimizar os potenciais impactos negativos?


Inicialmente, recomendamos a prática regular de técnicas de relaxamento, como meditação e ioga, para reduzir o estresse que, por sua vez, ajuda a controlar os níveis de cortisol.


Outro aspecto relevante é garantir um sono adequado.


A falta de sono contribui para níveis elevados de cortisol, portanto, estabelecer uma rotina de sono consistente e criar um ambiente propício ao descanso são medidas importantes.


Também é necessário evitar o consumo excessivo de cafeína, açúcar refinado e alimentos processados, em favor de uma dieta mais equilibrada e natural.



Além disso, para manter os níveis de cortisol e outros hormônios equilibrados, é preciso manter consultas e exames médicos em dia.


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A ginecologista é capaz de desenvolver um plano de tratamento personalizado para o seu caso, que pode incluir mudanças no estilo de vida ou  uso de  medicamentos.


Então, em caso de dúvida ou ao sinal de qualquer sintoma irregular, agende uma consulta!


Compartilhe na sua rede social!

Formação da Dra. Graziele Cervantes

  • Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
  • Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
  • Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
  • Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
  • Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
  • Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
  • Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
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