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Dor pélvica crônica: o que fazer?

mar. 14, 2024
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A dor pélvica crônica manifesta-se por meio de sintomas dolorosos originados nas estruturas e órgãos pélvicos, persistindo por um período igual ou superior a seis meses.

Esta condição não apenas provoca desconforto, mas também impacta negativamente a qualidade de vida de inúmeras mulheres.


Nesse contexto, torna-se importante compreender as causas subjacentes, explorar as opções de tratamento disponíveis e adotar uma abordagem proativa em relação ao autocuidado.


Estes são passos fundamentais para mulheres que enfrentam o desafio da dor pélvica crônica, permitindo não apenas o alívio dos sintomas, mas também uma gestão mais eficaz e abrangente dessa condição.


O que caracteriza a dor pélvica crônica?


A dor pélvica crônica (DPC) caracteriza-se por uma dor persistente na região da pelve, localizada abaixo do umbigo e acima das coxas, que perdura por mais de seis meses.


Essa dor pode se manifestar de diversas formas, sendo constante ou apresentando episódios intermitentes.


Ademais, a intensidade da dor pode variar de leve a grave, e muitas vezes é descrita como uma sensação de latejamento ou pressão.


É importante ressaltar que a DPC não é uma condição específica, mas sim um sintoma de várias condições médicas subjacentes.


Quais condições podem causar a dor pélvica crônica?


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Os distúrbios que podem causar dor pélvica crônica são diversos e podem afetar diferentes sistemas do corpo.

Entre eles, destacamos:


  • Distúrbios da parede abdominal: problemas na parede abdominal, como hérnias ou distensões musculares, podem causar dor referida na região pélvica;
  • Distúrbios intestinais: condições como síndrome do intestino irritável, doença inflamatória intestinal, diverticulite ou obstruções intestinais podem estar associadas à dor pélvica crônica;
  • Distúrbios renais: problemas nos rins, como pedras nos rins ou infecções renais, podem causar dor que se irradia para a área pélvica;
  • Distúrbios na parte superior dos ureteres: condições que afetam a parte superior dos ureteres, como cálculos ureterais, podem contribuir para a dor pélvica;
  • Distúrbios nos órgãos reprodutivos: condições como endometriose, adenomiose, cistos ovarianos, miomas, síndrome dos ovários policísticos; costumam causar dor, podendo tornar-se crônica.
  • Outros distúrbios: infecções do trato urinário, cistite, apendicite, fibromialgia, entre outras condições, também podem estar associadas à dor pélvica crônica.


Quais são os sinais de alerta que indicam a necessidade de procurar ajuda médica?


Geralmente, a dor pélvica não é considerada uma emergência, mas existem sinais de alerta que indicam a necessidade de procurar assistência médica imediatamente. 


Esses sinais incluem, principalmente, a ocorrência de uma dor pélvica nova, súbita e extremamente intensa.


Isso porque, esses sintomas podem indicar uma série de condições que demandam atendimento emergencial, a saber:


  • Apendicite: a dor abdominal intensa, especialmente na região inferior direita do abdômen, associada a náuseas, vômitos e febre, pode ser indicativa de apendicite;
  • Possibilidade de gravidez ectópica: se houver suspeita de uma gravidez fora do útero, é crucial procurar ajuda emergencial;
  • Torção de um ovário: a torção do ovário pode causar dor intensa e requer avaliação médica imediata para evitar complicações;
  • Ruptura de um abscesso na pelve: a ruptura de um abscesso na pelve pode levar a dor intensa e é uma situação que pode exigir intervenção médica urgente;
  • Laceração no intestino: se houver suspeita de uma laceração no intestino, é essencial procurar assistência;
  • Aneurisma da aorta abdominal: caso haja suspeita de um aneurisma da aorta abdominal, que é uma condição grave, a busca por atendimento médico urgente é necessária.


Apesar da situação emergencial, destacamos que qualquer dor pélvica persistente ou grave, deve ser avaliada por um especialista.


Como realizamos o diagnóstico dessa condição?


O diagnóstico da dor pélvica crônica pode ser desafiador, demandando uma abordagem multidisciplinar com especialistas como ginecologistas, urologistas, proctologistas e fisioterapeutas especializados em fisioterapia pélvica.


Assim, para se chegar a um diagnóstico é realizada uma avaliação cuidadosa da história clínica, com atenção e consideração aos sintomas da paciente, além de um exame físico completo.


Isso inclui a avaliação da região pélvica, abdômen, órgãos reprodutores e musculatura do assoalho pélvico.


Exames de imagem como ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia ajudam a visualizar as estruturas internas e identificar possíveis anormalidades.


Ademais, exames laboratoriais, como exames de sangue, urina e fezes, são realizados para verificar sinais de infecção ou inflamação.


Em alguns casos, quando outras abordagens não fornecem um diagnóstico claro, a laparoscopia, um procedimento cirúrgico, pode ser recomendada para visualizar diretamente os órgãos internos da pelve.


Quais são as opções de tratamento disponíveis para mulheres que sofrem de dor pélvica crônica?


O tratamento da dor pélvica crônica é individualizado e dependerá de qual a causa do incômodo. 


Podemos prescrever analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares para ajudar a aliviar a dor e outros sintomas associados à condição.


Além disso, a fisioterapia pélvica, pode melhorar a circulação sanguínea na região pélvica, reduzindo a dor e aprimorando a função da bexiga e do intestino.


Também costumamos recomendar alterações no estilo de vida, como mudanças na dieta, atividade física, sono e gerenciamento do estresse.


Essas ações contribuem para aliviar a dor pélvica crônica e melhorar a qualidade de vida da paciente.


Entretanto, quando a dor pélvica crônica é causada por condições como endometriose, adenomiose ou miomas, o tratamento cirúrgico pode ser considerado como uma opção.


Além disso, terapias complementares, como acupuntura, massagem terapêutica e yoga, podem ser exploradas para aliviar a dor em alguns casos.


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Portanto, caso você experimente dor persistente na região pélvica, agende uma consulta com a ginecologista o quanto antes para receber um diagnóstico preciso e o tratamento mais adequado para o seu quadro.


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Formação da Dra. Graziele Cervantes

  • Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
  • Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
  • Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
  • Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
  • Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
  • Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
  • Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
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